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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O que é a Pediculose?

Existem duas espécies de piolho que parasitam o Homem: o Pediculus humanus e o Pthirus pubis (piolho púbico).
O Pediculus humanus tem duas variedades: corporis (piolho do corpo) e capitis (piolho do cabelo), que é a mais comum e que de seguida será abordada.

A pediculose (infestação por piolhos) provoca uma intensa comichão no couro cabeludo e deve ser tratada assim que é detectada. Esta infestação ocorre frequentemente nas crianças em idade escolar e é independente do estrato social.

Os piolhos afectam apenas o Homem, são insectos hematófagos (alimentam-se de sangue dos seus hospedeiros) e vivem no couro cabelo (instalando-se na nuca e nos cabelos acima e atrás das orelhas). Fora do hospedeiro acabam por morrer ao fim de um ou dois dias por não disporem de alimento.
A fêmea pode permanecer no hospedeiro aproximadamente por um mês e põe entre cerca de 6 a 8 ovos (lêndeas) por dia. Cada ovo é depositado num cabelo, perto da raiz, fixando-se com uma substância que endurece em contacto com o ar. Após cerca de uma semana as lêndeas abram-se e libertam as larvas que, alimentando-se do sangue que sugam do couro cabeludo, no período entre cerca de 9 a 12 dias, se transformam em adultos. Estes, na fase madura, irão pôr os seus próprios ovos.

A disseminação ocorre sobretudo por contacto cabeça a cabeça (os piolhos não voam nem saltam). A comichão é o sintoma mais comum, provocada pela secreção salivar que o piolho inocula ao picar, originando prurido no couro cabeludo. Também poderá ocorrer, mas menos frequentemente, por contaminação indirecta, através da partilha de pentes, escovas, almofadas, chapéus ou outros objectos que se encontrem infectados.

O Diagnóstico

Face à suspeita de pediculose deve proceder-se ao exame do cabelo. Numa fase inicial a infestação poderá ser assintomática. Apesar da comichão na nuca e na região atrás e acima das orelhas, apenas a detecção directa de piolhos e lêndeas pode de facto confirmar a infestação. Para tal aconselha-se a aplicação de um creme amaciador no cabelo húmido, desde as raízes até às pontas do cabelo.
De seguida, passar um pente próprio (muito fino) também das raízes até às pontas e, depois de cada passagem, proceder à sua limpeza com um lenço branco descartável. Verificar a existência de piolhos adultos ou lêndeas vivas no lenço utilizado, para confirmar a infestação.
Em caso positivo, pais, encarregados de educação, educadores e professores devem ser avisados.

O Tratamento

A aplicação de produtos farmacêuticos (sempre com devida indicação médica ou aconselhamento do farmacêutico) para matar os piolhos e as lêndeas é um dos tratamentos para a infestação no couro cabeludo. As lêndeas devem ser removidas posteriormente, com um pente fino próprio. Após a escolha do produto mais adequado (tendo sempre em atenção as características do indivíduo), este deve ser aplicado cuidadosamente, seguindo a periodicidade e todas as indicações recomendadas.

São usados produtos tópicos para o cabelo como as piretrinas (pesticidas naturais extraídas de flores do género Chrysanthemum, sensíveis ao calor e à luz), a permetrina (derivado sintético das piretrinas naturais, apresentando uma estabilidade mais elevada ao calor e à luz), o malatição (pesticida organofosforado) e o lindano (insecticida organoclorado).

Os antiparasitários são eficazes na eliminação de piolhos adultos (é a chamada acção pediculicida), porém alguns apresentam um maior ou menor grau ovicida. Poderá ser necessária uma segunda aplicação. Durante a aplicação evita-se o contacto do produto com a pele irritada, a boca, as mucosas nariz e olhos, lavando sempre muito bem as mãos a seguir à aplicação.

Caso surja uma reinfestação passados seis meses após o tratamento, poderá ser recomendada a aplicação de um produto diferente. Saliente-se que o uso indiscriminado de antiparasitários, por vezes não antecedido de um correcto diagnóstico, contribui para o aumento das resistências do organismo humano a esta infestação, pelo que é essencial o aconselhamento médico ou farmacêutico.

O uso profiláctico de produtos antiparasitários é desaconselhado contribuindo também para o aumento de resistências e do risco de toxicidade. As crianças até aos dois anos, as grávidas e mulheres a amamentar não podem utilizar todos os tipos de produtos, pois são prejudiciais.

Em alternativa poderá proceder-se ao tratamento apenas por remoção mecânica dos piolhos (sem aplicação de produtos específicos), após a aplicação de um amaciador. Este promove a oclusão dos poros respiratórios dos piolhos e facilita o seu desprendimento pelo seu efeito deslizante. Após a aplicação, pentear cuidadosamente o cabelo da raiz até às pontas. Esta técnica deverá ser repetida diariamente até à completa remoção de piolhos vivos.

Recomenda-se ainda a desinfecção dos pentes, escovas e objectos contaminados com água quente (60º C a 65º C), álcool ou o produto que estiver a ser usado para o tratamento do couro cabeludo. Na impossibilidade de efectuar esta desinfestação recomenda-se que o material seja colocado em sacos fechados a 25/30º C entre cerca de 15 dias.

Aconselha-se ainda a lavagem de toda a roupa que esteve em contacto com o indivíduo a uma temperatura alta (60º C) nos dois dias anteriores ao tratamento. Os indivíduos em contacto directo com o cabelo da pessoa infestada deverão pelo menos semanalmente examinar o seu cabelo como anteriormente descrito.
Associação Nacional de Farmácias
Centro de Informação do Medicamento


Bibliografia:

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